quinta-feira, 7 de março de 2013

Verás que um filho teu (não) foge a luta.” Sim, foge! E faz tempo! Hipocrisia genérica.







Chega a ser engraçado como a humanidade pode ser tão estupida, e sim eu faço parte dela.

Toda essa papagaiada que se formou em torno da morte repentina (como se alguma morte tivesse hora marcada para nós meros reles mortais) do cantor Chorão (vocalista da banda Charlie Brawn Jr.) de onde surgiram grandes críticos anônimos da música brasileira quiçá mundial, ou ativistas e até mesmo gente a favor da desgraça alheia.

Até agora chove posts sobre o assunto, uns amam, outros odeiam. Tem para todos os gostos. Mas é incrível como é só acontecer algo trágico que a galera em questão de segundo começa suas manifestações, muitas vezes bem equivocadas.

Eu já ouvi e li que o cara não era exemplo pra ninguém, porque não passava de um drogado e esse tipo de gente não merece ser admirado. Que brasileiro se comove com a morte de um, enquanto milhões morrem em filas nos hospitais. Mas alguém me explica que raios tem a ver o caos da saúde pública com a morte de um letrista/vocalista de banda de rock? Por que o cara fazia música e tentava deixar esse país um pouco mais bonito? É crime? Por que alguém nasceu com talento e compartilhou com milhões de brasileiros? Por que o cara podia ser um dependente químico mas prestava trabalhos em prol de jovens carentes?

Enfim, não sei se é só no Brasil, mas pelo menos por aqui a galera adora um sensacionalismo, adora dar pano pra manga, adora bancar de sabichão. E nunca consegue enxergar nada de bom. Sim, somos um país com diversos problemas sociais, desde educação até bandido (colarinho branco) nas cadeiras legislativas.
Sobre esses ninguém fala absolutamente nada, todos se calam.

Perdem um tempão e até dinheiro votando no Big Brother Brasil 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13 mas não gastam um minuto assinando uma petição a favor da cassação de um politico comprovadamente corrupto e que hoje manda no país, manda em você.

Um país que reclama da falta de educação, mas dorme no banco de ônibus reservado para idosos e deficientes físicos só para não dar lugar. Um país que não sabe cantar o hino nacional, mas sabe cantar tchê tchê rê rê de traz pra frente. Um país que não investe no esporte mas permite que suas crianças rebolem até o chão com letras pervertidas e maledicentes. Um país que reclama da falta de saúde publica mas não perde uma hora da vida pra doar sangue.

Gente que reclama que a TV emburresse, mas tem TV em casa, gente que reclama do Facebook mas está todos os dias lá, gente que reclama sobre a ditadura da moda, beleza, magreza e afins mas adora uma fofoca e principalmente uma simpatia pra emagrecer. Gente que se culpa e só fala mal do país mas não se manda daqui, gente que reclama do transito mas não passa um dia sem carro, gente que se diz vitima do preconceito mas não assume sua etnia e alisa os cabelos e clareia-os. A questão não é aumentar a cadeira para que obesos caibam é educar a população para prevenir e cuidar da própria saúde. Gente que não usa fio-dental e reclama que dentista é caro.  Um país que tem a Lei Seca mas permite a venda de bebidas alcoólicas em postos de combustível.

Enfim diversas maneiras de se cultivar a hipocrisia humana embalada em papel genérico que é para parecer opinião pessoal e bater na tecla de que gosto é igual a cú, todo mundo tem  seu!

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