Porque digitar ficou mais fácil que ajoelhar entre quatro
paredes...
Todos os dias eu vejo o meu Facebook, já virou rotina, antes
eu até usava a barra de rolagem e ia até o final da timeline pra ver se rolava
algum post interessante pra somar alguma coisa. Sim ainda tem, mas não rolo
mais a barra.
Pelo simples motivo de que as pessoas levam a serio demais a
pergunta : No que você esta pensando? Bom, alguns geralmente não escrevem o que
pensam, e sim o que fazem, fizeram ou farão, “partiu, academia; partiu, fazer o
almoço; etc, etc, bla, bla... Eu até posto umas frases meio de revolta sabe,
mas nunca que tô comendo pipoca ou que vou fazer o jantar pro meu amor e afins.
Sem contar as correntes reencarnadas do Orkut e o mais
bizarro, fotos de crianças com alguma deficiência física e em baixo escrito:
quantas curtidas essa criança merece? Gente, tudo, tudo tem limite. Vamos usar o bom senso sem moderação. A mãe
desse criança gosta e aprova!
Pior que isso, são os fanáticos religiosos que pregam a
salvação através da incrível invenção de Mark Zuckerberg e lotam nossa timeline
de protestos, trechos bíblicos, imagens, correntes, orações, promessas,
agradecimentos (pena que não dá para estender uma faixa de Santo Expedito)
desabafos, e tudo que de para transcrever.
Respeito demasiadamente todas e qualquer religião, sou
totalmente a favor do amor incondicional que devemos ter para com Deus (quem
crê) acho lindo quem tem uma fé inabalável, eu tento, juro, mas no silencio do
meu quarto ou na corrente que frequento todas as terças, onde vejo ao vivo e a
cores a fragilidade humana. Prego a caridade real, aquela que faz você sair de
casa faça chuva ou faça sol.
Sinceramente estou achando que as pessoas estão levando a
serio demais essa exposição virtual, e tem a necessidade de a cada dia a cada
momento dizer, escrever sua fé, mas gente Deus não tem Facebook, Deus não tem
Twitter, Deus não tem e-mail. Ele só precisa e quer ouvir da sua boca das suas
palavrar reais e não virtuais, Ele só quer que antes de dormir, você pare por
cinco minutos, reflita e agradeça.
Na verdade quem sou eu para dizer o que Deus quer, mas é
assim que eu vejo. Uma megalomaniaca exposição desnecessária. Você tem todo
direito de gritar aos quatro cantos do mundo o seu amor a sua crença, vivemos
em um país livre, ainda nos resta por aqui a liberdade de expressão, de
escolha, mas vamos usar isso com moderação.
Vamos paras de ser hipócritas e passar o dia escrevendo aquilo
que não vivemos, já dizia Gandhi: "Felicidade
é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em
harmonia."
E antes de ser hipócritas vamos ser conscientes de que
ninguém tem a obrigação de ler o que você pensa, então se não puder pagar um
psicólogo, faça um blog, como eu, aí entra e lê quem quer, quem esta a fim.
Se Mark Zuckerberg fizer uma igreja não vai faltar seguidor,
quiçá aprendizes de Pastores. Então galera, vamos aprender a separar a
realidade do mundo virtual, e botar essa bunda grande e gorda para fazer algo
útil e pregar a caridade real, as vezes um amigo precisa de um abraço não de um
post. As vezes uma campanha de doação de agasalho, brinquedo e alimento (com
toda certeza) vai surtir mais efeito do que frases prontas.
Se a vida real fosse como nas redes sócias viveríamos num
mar de rosas e em um mundo mais feliz, onde as pessoas realmente compartilhariam
algo que agregasse ao próximo e incentivasse.
Mas como é ao contrario, vivemos em um mundo isolado, triste e cada vez mais
carente. Onde o melhor amigo do homem não é mais o cão e sim um computador. Mil
amigos no Facebook, e talvez uns dois amigos de verdade da vida real, pra quem
você liga quando precisa ou com quem você compartilha uma cerveja na mesa de um
bar.