segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Nem toda brasileira é peito, bunda e puta!





Ando uma mulher sem profissão (temporariamente) na verdade deixei a redação de lado e fui ganhar dinheiro com outra coisa. Ando trabalhando em grandes eventos, com produções internacionais, enfim, numa dessas, tive o desprazer de presenciar ao vivo e a cores na caruda, assim cara a cara a visão desses gringos sobre nós, mulheres brasileiras.

Olha não me leve a mal e nem estou generalizando, aqui relato apenas o que presenciei e vivi e preciso compartilhar com vocês. Numa dessas conversas de Backstage, veio o gringo sorrateira, jogou um migué  de que, se nós gostávamos da banda tal e do ator tal, porque ele era muito fã dos caras e admirava o trabalho deles e tal.  E como ele não sabia uma palavra em português, queria saber como era o nome da música nacional em inglês, nós na inocência e também fã da banda brasileira começamos a conversar, papo vai papo vem, o gringo me solta: e ai o que vocês vão fazer depois do show?

Oi? Uma olhou pra cara da outra e logo concluímos, esse ai tá cheio das más intenções. Mas manda vamos lá, treinar o nosso inglês e ver até onde isso vai dar. Daí que o cara, começou de novo com o papinho, after show. Só sei que alguém respondeu, bom eu vou embora pra casa, dormir! Pra que?! O cara já logo mandou um, a vida é curta, quando morrer dormir vai ser o que mais você vai fazer. Suponho que ele já tenha morrido, pra afirmar com tanta convicção.

Não satisfeito, com o tiro no pé, ele sacou logo da carteira um cartão de hotel onde ele estaria hospedado (hotel caro e famoso de SP) mostrou e disse pausadamente o número do quarto que estava. Quando eu disse que era desnecessário porque do show, eu iria direta e reta pra casa do meu noivo, ele me disse que eu era carta fora do baralho (graças a Deus). E continuou insistindo com as outras duas. O que eu achei bem ridículo e totalmente sem educação.

Sabe houve um tempo que sim, a galera de fora achava que aqui só tinha, floresta, banana e macaco, depois evoluímos pro país do futebol do samba e da mulher brasileira mulata gostosona com samba no pé. Eu ainda prefiro o país da banana e do macaco.

Sei que a maioria de nós mulheres brasileiras, ainda se dão ao respeito, trabalham, voltam pra casa e dormem. Também sei que algumas ainda se iludem e acham que ir pra cama com um gringo é  a coisa mais sensacional do mundo, que a vida realmente é curta e experimentar todas as línguas é o que há!

E sei que onde tem oferta tem compra e por causa de uma todas pagam. Não levanto a bandeira feminista e condeno quem gosta de dar e dá pra qualquer um, você é livre faça da sua vida o que achar melhor, mas lembre-se de que respeito não se pede, se empoe.  Que o respeito começa primeiro em você.

Ouvi dizer que já existe curso de inglês exclusivo para garotas de programa, algumas já se preparando para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Acho justo cada uma ganha o pão do jeito que achar melhor. Porém essas cobram é trabalho como qualquer outro.

Aqui fica apenas a minha indignação e frustração de saber que aquele mundo podre de que tanto ouvia dizer, realmente existe, de que a falta de valores tá cada vez maior e que a visão sobre nós mulheres brasileiras, ainda não se encaixa dentro de um pais emergente e sim de um bando de mulatas, gostosonas com samba no pé.

E olha que eu nem entrei no assunto, mulheres (crianças, meninas) sendo comercializadas a preço de banana e que o único sustento delas é vender o próprio corpo pros gringos, aqueles mesmos cheios de más intenções que se hospedam nos hotéis mais caros e que vem pra cá só pra ver o que a floresta tem para oferecer.

P.s. Esse texto não tem a menos intenção de ofender turistas no nosso País, é apenas uma visão pessoal baseada em fatos reais.


P.s.2. Ah e sobre o gringo que tentou dar carteirada sexual, deve ter voltado pro hotel chupando dedo, pelo menos nenhuma de nós 3 se deu ao trabalho de continuar aquela conversa...

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Guia prático contra arrependimentos



O ano esta praticamente chegando ao fim (a desesperada) mas de verdade, faltam aí 4 meses pra 2013 ir pro brejo, então nada melhor que começar a rever alguns conceitos, fiquem com essa matéria SUPERINTERESSANTE e reflitam.


Guia prático contra arrependimentos


Bronnie Ware era uma australiana com uma bem-sucedida carreira no mundo financeiro, quando se enfezou da vida. Depois de dez anos trabalhando em bancos, juntou a coragem para pedir demissão e viajar o mundo. Foi lavadora de pratos num resort em uma ilha paradisíaca, depois garçonete em um pub inglês - e terminou acompanhante de uma octagenária no interior da Inglaterra. Daí para virar enfermeira foi um passo natural, e Bronnie começou a cuidar de doentes em estado terminal, aqueles sem chance de cura. Como o trabalho era emocionalmente pesado, a australiana começou a se envolver com os pacientes e a observar um padrão. Todos os doentes reagiam de formas muito parecidas com a proximidade da morte: medo, raiva, tristeza - e sempre os mesmos arrependimentos em relação à própria vida. Bronnie começou a anotá-los. Eram eles: 1) Eu gostaria de ter trabalhado menos. 2) Eu queria ter tido a coragem de viver a vida que eu desejava, e não a que os outros esperavam de mim. 3) Eu queria ter expressado mais meus sentimentos. 4) Eu queria ter mantido contato com meus amigos. 5) Eu queria ter sido mais feliz. Pode ser que você não queira pensar nisso ainda ou que você já esteja lá. Mas a verdade é que você vai envelhecer (lembrando sempre que a única alternativa possível, morrer, é bem pior). Melhor então não se arrepender no final.

1. Eu gostaria de ter trabalhado menos.

Essa é universal. Em um mundo no qual um emprego ocupa 40 horas semanais (se você tiver sorte) e tem um significado social mais importante do que os valores morais de uma pessoa (afinal, a primeira pergunta feita quando se conhece alguém costuma ser "o que você faz?" e não "você dá esmola?"), o trabalho anda com um peso desproporcional em relação às outras questões da vida. Nunca se trabalhou tanto - o que indica que esse arrependimento é o do tempo perdido. Antropólogos estimam que nossos antepassados caçadores-coletores não trabalhavam mais do que quatro a cinco horas por dia, sempre procurando ou preparando alimentos. Na Grécia Antiga, um emprego era uma sina terrível: Homero, o autor da Odisseia, escreveu que os deuses odiavam tanto os humanos que os condenaram a trabalhar arduamente como castigo. E a condenação seguiu por milênios. A nossa relação com o trabalho só mudou no século 16, com a ética protestante, aquela que mede o destino das almas depois da morte com base no sucesso profissional durante a vida. Ela foi a culpada por colocar o trabalho no centro da vida das pessoas, onde permaneceu até hoje. Mas há uma crise na nossa relação com o trabalho. De acordo com uma pesquisa da consultoria americana Mercer, feita com mais de 1.200 empregados, 56% dos brasileiros afirmam que consideram seriamente pedir demissão. Para os trabalhadores do Brasil, o principal fator motivacional é o tipo de emprego que ele faz. E é ele que está em conflito. Segundo o filosófo-pop francês Alain de Botton, a crise com o emprego que estamos vivendo é a da falta de sentido. Antigamente, pessoas faziam ou realizavam algo com o seu trabalho: eram padeiros, costureiros, vendedores. Esse tipo de ocupação, que tem uma relação direta com o produto final, quase desapareceu: foi substituído por trabalhos mais segmentados e burocráticos dentro de grandes empresas. É só procurar exemplos na lista de cargos na empresa onde trabalho - o que faz um "gerente de operações pleno" ou um "analista de infraestrutura júnior"? Certamente, algo menos palpável que pão ou roupa. "Procuramos um significado no nosso trabalho, uma sensação de que deixamos alguém melhor com o que fazemos. Ele deveria ser uma chance de criar algo que é mais sólido do que o resto das nossas vidas", diz de Botton, em uma palestra sobre seu livro Os Prazeres e Desprazeres do Trabalho. Deveria, mas, na maior parte dos casos, não é. Ainda assim, poucas são as pessoas que resolvem dedicar menos tempo e energia a seus empregos. A própria Bronnie sentiu isso na pele. "É mais difícil largar a rotina do trabalho do que o trabalho em si. O emprego vira uma grande parte da identidade das pessoas, ao ponto de que não sabem mais quem são longe dele", diz. Essa crise de identidade nos leva ao arrependimento número 2.

2. Eu queria ter tido a coragem de viver a vida que eu desejava, e não a que os outros esperavam de mim.

O ser humano é um animal social. Só chegamos aqui, depois de milênios de evolução, porque aprendemos a criar e manter alianças - seja para caçar comida nos tempos da caverna, seja para fundar impérios ao longo da História, seja para arranjar trabalho e ter com quem conversar no Facebook hoje em dia. Isso quer dizer que buscamos manter e fortalecer relações sociais - e, para isso, queremos agradar e ser aceitos. Uma pesquisa da Universidade de Minnesota testou esse nosso comportamento. Primeiro, colocou voluntários para conversar com mulheres que eles não podiam ver, por meio de microfones. Depois, disse a metade deles que iriam bater papo com moças muito bonitas e, para a outra metade, que seriam mulheres, digamos, menos estonteantes. Imediatamente, os homens que julgavam falar com beldades começaram a ser gentis e engraçados - queriam agradar as moças. Mas o que surpreendeu é que as mulheres do outro lado da linha começaram a entrar no jogo: conversavam como se fossem realmente mais bonitas do que as outras, sem nem saber que haviam sido classificadas assim. Ou seja, atendiam às expectativas dos voluntários.

Agimos assim o tempo todo, das coisas banais do dia a dia, como rir da piada sem graça de um amigo, às grandes escolhas de vida, como decidir que carreira seguir. "As pessoas não tomam decisões por si, tomam pelos outros, porque querem ser queridas. Assim, a felicidade acaba na mão de terceiros", diz Ana Claudia Arantes, geriatra especializada em cuidados paliativos, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O problema é que fazer o que os outros esperam de você tem um lado pernicioso: na verdade, não deixa ninguém feliz. Um estudo da Universidade Estadual da Flórida que analisou seis pesquisas diferentes sobre o assunto, concluiu que quem busca o tempo todo a aprovação dos outros, tem mais chance de desenvolver depressão. Esforçam-se tanto para agradar que se perdem no meio do processo. E, claro, não conseguem fazer o que realmente têm vontade: trabalhar menos, por exemplo, dizer "não" ou...

3 e 4. Eu queria ter expressado mais meus sentimentos e queria ter mantido contato com meus amigos.

Não ter dito "eu te amo" e ter passado pouco tempo com as pessoas queridas são dois arrependimentos que conversam entre si - e são dois dos mais importantes também. E não é a SUPER que diz isso, é o maior estudo de psicologia já feito. O Grant Study ("Grande Estudo", em português) é uma pesquisa que acompanha a vida de 268 ex-alunos de Harvard desde 1937 até os dias de hoje, e que mede todos os fatores de suas biografias para recolher dados sobre saúde, bem-estar e escolhas de vida. E chegou a uma conclusão impressionante: aos 47 anos, o fator que mais previa a saúde e a felicidade de uma pessoa na velhice eram as relações sociais que ela mantinha. Era, claro, o fato de ter um marido ou uma esposa, mas era principalmente a quantidade de amigos que eles cultivaram ao longo dos anos. O estudo concluiu que idosos de 70 anos com amigos tinham 22% a mais de chance de chegar à oitava década. E mais: outro estudo mostrou que quem tem o hábito de dizer a pessoas próximas como elas são importantes se sente 48% mais satisfeito com as relações que mantém. "Os amigos nos dão um senso de identidade - ajudam a nos tornar algo maior do que nós mesmos e a definir quem somos. Não precisamos somente de relações humanas. Precisamos de amigos muito próximos", diz Ed Diener, professor de psicologia da Universidade de Illinois, especialista em felicidade. O que nos leva a...

5. Eu queria ter sido mais feliz.

Essa é de partir o coração. Chegar ao final da vida com esse remorso é mais comum do que parece. Para Diener, que estuda a felicidade há três décadas, ser feliz depende em grande parte das escolhas que fazemos - e não só de alguns poucos eventos de sorte esporádicos. Ou seja, seria bom parar de levar a vida no automático e exercer a felicidade. Pare de confirmar presença no aniversário do amigo no Facebook - e vá de fato. Junte a coragem de dizer para o seu parceiro que você na verdade odeia filmes europeus e prefere ver a sequência do último Homem de Ferro. E ninguém vai morrer se você deixar seu trabalho um pouco de lado de vez em quando (um alô para meu chefe que esperou três meses para essa reportagem ficar pronta). Para Bronnie, as reações de seus pacientes valem ouro: são um guia prático contra arrependimentos. "Como os conselhos vêm de pessoas que estão se preparando para morrer, servem como autorização para você mudar a sua vida também." Está esperando o quê?

Para saber mais

The Working Life: The Promise and Betrayal of Modern Work

Joanne Ciulla, Crown Business, 2001.

Happiness: Unlocking the Mysteries of Psychological Wealth

Ed Diener e Robert Biswas-Diener, Wiley-Blackwell, 2008.


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Gritar, gritar, subir, subir, uou uou uou...



Quem nunca?! Minha mãe vive me dizendo que eu sempre grito ou falo alto em certos assuntos que abordo. Eu acho que o problema não é só comigo, ela e tantas outras se fazem de surdas em certas questões que muitas vezes ou a gente grita, ou desenvolve um câncer em nós mesmos. Eu prefiro gritar.

Não, nem é exagero. Eu sou a favor do: melhor pra fora do que pra dentro. E nunca me conformei com gente que guarda sentimentos, leva certos desaforos pra casa. Tem gente que leva o desaforo pra casa e dá pra outro, mas dá pior forma possível, descarrega toda a frustração e nervosismo em quem não tem nada a ver com isso.

Eu prefiro gritar na hora, xingar e como diria o ator Leandro Hassum em uma de suas peças: um FODA-SE  bem dado, é um palavrão libertador que te desestressa e te coloca no eixo. Um FODA-SE bem mandado dá até sono.

Concordo. Mas também, não generalizo. Imagina se todo mundo resolvesse sair mandando todo mundo ir se foder? Ia ser engraçado, mas o caos e a discórdia estaria proclamado.

Quem nunca, principalmente nós (algumas) mulheres, gritamos, esperneamos, choramos, escandalizamos, algum dia?! Seja por conta de uma ex feia e gorda, seja pela falta de colaboração em casa, seja pelos vizinhos, uma injustiça, um chefe grosso, a sogra, o papagaio, seja lá pelo que for, algum dia já perdemos as estribeiras.

Enumeras putices nos fazem gritar, nem a janela antirruídos, nem porta fechada, nem som ligado no talo é capas de minimizar o estrago ou a sessão de descarrego que tem o poder do grito, o grito é libertador.  E nessas horas nem se atreva a pedir pra pessoa se acalmar, falar baixo, ficar quieta, isso aí é só jogar lenha na fogueira. O esquema é deixar fluir, uma hora termina e te garanto termina bem.

Por isso que não me conformo com gente passiva, gente que tem medo do que os vizinhos vão pensar, quem dera que eles tivessem tanta importância a ponto de vir pagar minhas contas.  Tenho medo de gente que guarda magoas, ressentimentos, desentendimentos. Gente calma demais que nunca “explodiu” um dia, me assusta, essas sim são perigosas, e muitas vezes fazem mal para elas mesmas.

Nem a natureza fica parada. É preciso ter suas tempestades para vir a calmaria. Não estou fazendo apologia ao escândalo, histerismo. Só acho que nada que fica guardado por muito tempo possa fazer bem.  Todos tem o seu jeito particular de lidar com certas situações, mas como eu disse lá em cima, um foda-se bem mandado te devolve a calma e te bota no eixo.


Vai ver é por isso que a indústria farmacêutica fica cada vez mais milionária, por a grande maioria prefere por pra dentro do que pra fora!

***

“Porque há o direito ao grito. Então eu grito”.

(Clarice Lispector)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Espelho, espelho meu...




E toda babaquice que falamos para nós mesmos.

Desde que nos entendemos por gente, e aprendemos a (tentar) entender as coisas, somos bombardeados de comparações. É a bruxa malvada do filme a Branca de Neve que passa  vida em frente ao espelho se perguntando e perguntando se existe alguém mais bela que ela.

Fazemos isso todos os dias. Não da maneira da bruxa, mas de uma maneira que aos poucos vai nos distanciando de nós mesmo. Seja consciente ou inconscientemente, todos os dias, a todo momento estamos nos comparando, com algo ou alguém, estamos nos sabotando.

Sabe eu já não tenho mais quinze anos, e graças a Deus, acredite os anos fazem bem a mim, e logo menos chego a casa dos trinta, mesmo com a cara dos quinze mas em certos momentos com cabeça que vai dos vinte aos setenta anos em poucas horas. Não sou bipolar, mas estou seriamente cogitando começar a fazer analise, acho que todo mundo no mundo deveria fazer isso pelo menos uma vez na vida, tipo acupuntura (eu amo).

Mas como eu ia dizendo, eu, você, nós, passamos boa parte da vida nos comparando, é o fulano que tem a minha idade e já é um mega profissional super bem colocado no mercado, ganha dez vezes mais que eu, fez a melhor faculdade, mora numa casa absurdamente bonita e todos os anos viaja para fora do país. Ou olha aquela lá tá bem mais magra do que eu, se eu usasse aquela roupa ia ficar ridículo, ou ainda pior, nossa acho que não tenho talento algum, tem gente que sabe fazer tantas coisas e eu? Nossa eu ficaria aqui até de madrugada só apontando os tipos de comparações absurdas que fazemos e o pior contra nós mesmos.

Eu mesma, agora na minha situação atual, formada e sem trabalho, se fico com a cabeça vazia é lá que o capeta vai fazer o seu monologo e falar e falar por horas a fio. E vai fazer cada comparação que até Deus duvida. Mas só, que esse capeta, ele no ecxiste, como diria Padre Quevedo, ele é fruto da minha imaginação auto sabotadora, que não espera, tem pressa e acha que tudo tem que ser perfeito.

Perfeito? Não, definitivamente isso na humanidade não existe. E como sapiens-sapiens, humanoides, fracos e tantas verdes covardes, preferimos nos fazer de coitados a ir a luta, sim porque, temos o terrível pensamento de não acreditarmos em nos mesmos de sempre botar defeito onde não existe, de só reclamar. Agora me fala, reclamar ajuda?

Ajuda desde que isso nos faça enxergar algo que não tá legal e nos dê motivação para melhorarmos. Olha se meu cabelo tá horrível, faço logo uma hidratação ou corto. Por que não fazemos isso com certas atitudes que deveriam ser tomadas? Outra coisa, ninguém é igual a ninguém, nem gêmeos gerados na mesma placenta!

Todos temos dias de cão, dias que queremos jogar tudo pro alto e sumir, dias que até o cachorro tem mais valor (sim cachorros tem total valor, dentro de sua cadeia canina). Todos temos épocas de altos e baixos, e aquele fulano que você achou que era “perfeito” ou mais amado que você, mais talentoso, é humano como você, cheio de defeitos, cheio de problemas. A diferença é que ele teve em algum momento a atitude que você esta demorando para tomar.

Todos temos o nosso valor, e esse valor não requer números, status, origem, nem galáxia,  esse valor nasceu com você e é ele que passamos a vida inteira tentando esconder, porque achamos que não tem serventia alguma, ainda mais pra um mundo onde valores foram trocados por marcas. É ter e não ser. Mas uma hora cansa e quando cansa só fica de pé quem é, e não quem tem, ter é possuir, é finito, ser é infinito é pra sempre.

Portanto, cedo ou tarde, no tempo de cada um, vamos encontrar o que tanto buscamos, seja a profissão, seja o amor, mas geralmente nunca é no nosso tempo, é no tempo Dele, e se começarmos a perceber isso, vamos iniciar uma bela limpeza pra deixar a área limpa e sermos gratificados com aquilo que desejamos do fundo do coração.

Comparar-se é a pior coisa que fazemos com nos mesmos, é um atraso de vida, é perda de tempo, é nos açoitarmos sem chicote é estar preso sem grades. Sei que não é fácil, a vida muitas vezes nos impõe isso, até mesmo numa simples entrevista, um vai dizer que você não é bom o bastante e o outro é melhor que você, em certas famílias isso acontece e tem gente que acha que é normal.

Sim temos que ter ambições na vida mas que elas não sejam maiores que nós, que elas não ultrapassem e acabem derrubando nós mesmos. Melhor do que passarmos a vida a nós comparar é passarmos a vida em busca do que realmente nos faz feliz, você acha que é melhor passar a vida numa farsa para causar inveja a alguém, ou passar a vida sendo VOCÊ feliz? O que você possui de especial? Se ainda não sabe, faça como eu, comece agora, estar perdido é estar aberto para novos caminhos, novas oportunidades e sem comparações, ninguém além de você, pode viver a sua vida!

***

“Em comparação ao que devíamos ser, estamos apenas semidespertos. Nossa lenha está úmida, nosso fogo, abafado. Utilizamos apenas uma pequenas fração de nossos recursos físicos e mentais... Generalizando, o ser humano vive muito aquém de seu potencial”. (William James)