Todo mundo pergunta a mesma coisa ou se pergunta: de onde
vem a inspiração?
Eu acho uma pergunta bem difícil de responder, pelo menos
pra mim. Alguns compositores, na verdade a maioria que já ouvi, diz que sua
inspiração vem de tristezas, traumas, sofrimento (a cantora Adele que o diga).
Talvez porque o fundo do poço seja o melhor lugar para
pensar na vida, oras, você cai, senta e olha para cima e começa a pensar em
tudo. O único momento em que você realmente é obrigado a pensar, já que não tem
muita escolha.
Não sei, nunca estive lá e pretendo não estar, existem
outras maneiras de pensar na vida, refletir, o dia 31 de dezembro e 22 de
janeiro pra mim são datas fundamentais pra rever o que eu já fiz e pretendo
fazer, na maioria das vezes, mais o que eu não realizei e poderia ter feito.
O Ser humano é um bicho burro, ele espera perder para sentir
falta, quando chove reclama, quando faz sol reclama, joga lixo na rua e reclama
de enchentes, vota em qualquer um e odeia corrupção. E assim segue a
humanidade, a caminho do fundo do poço.
Não que eu seja pessimista, longe disso, alias detesto gente
pessimista. Prefiro a ilusão de tudo vai
dar certo ao negativismo de que não vai.
Mas de onde vem a inspiração? Bom, quando estamos muito
felizes, de verdade, para mim é como uma explosão de fogos é tanta coisa bonita
pra olhar que não da tempo, é rápido, é iluminado é maravilhoso. É uma mistura
de tantos sentimentos que não sobra nem espaço para respirar. É um egoísmo
perdoável.
Só quem sente, sabe, é inexplicável, não dá. E por ser
inexplicável, fica só com a gente, dentro da gente. Vai ver que é por isso que
felicidade incomoda tantas pessoas,
temos a infeliz ideia de não contar nossa felicidade pra não dar azar.
Talvez por isso também o mundo, as pessoas estejam cada vez mais solitárias.
E por isso música melancólica, noticia ruim e novela
dramática, façam tanto “sucesso “ e cause tanto alarde, as pessoas não querem
compartilhar a felicidade, porque dizem que a inveja tem sono leve. As pessoas
querem mostrar suas fraquezas e medos,
transformadas em poesia ou canção, mesmo que ludicamente o que se passa com
elas, mesmo que sentadas, no fundo do poço.
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